quarta-feira, 7 de março de 2007

"Vendi meu corpo e um pouco mais..."


Esta semana a vida tá agitada como nunca esteve: de manhã estudo, atarde fico substituindo um estagiário que esta de férias no trampo da mana!! O fato é que eu saio de casa ás 6:30 da manhã e chego lá pelas 5 da tarde, um total de umas 9/10 horas ocupado por aí.
Mas eu sempre tive uma vida das mais atoas possíveis, e tô sentindo bastante fisicamente e até um pouco psicologicamente essa mudança.
O dia parece que não rende, quando assusto já é noite... e aí eu não fiz as coisas que queria, não dei atenção as pessoas que deveria dar, o organismo fica cansado, doído.
Essa rotina minha felizmente vai passar em breve, e mesmo assim 9/10 horas gradualmente o oganismo vai se habituando e tudo fica mais fácil. É uma carga horária muito grande?? NÃO!!
Sabemos que tem trabalhadores com rotinas bem piores, caras que vão em casa apenas pra ter uma pequena noite de sono. E estes são casos preocupantes porque pensem comigo: se um trabalhador passa a maior parte do dia no serviço e quando chega em casa não tem disposição pra fazer nada, o que ele esta fazendo?? VENDENDO O CORPO E ATÉ COISA PIOR QUE É A VIDA!
Esse tipo de cara não vai ver o filhos crescerem e nem cumprir as responsabilidades como pai, não sentiu o gosto na comida do almoço porque tinha pressa, perdeu as amizades ou não sabe por onde elas andam, enfim, pelo trabalho tem uma vida tão medíocre que perdeu até os mínimos prazeres!
Com certeza o trabalho tira dele a vida e com o tempo vai levar a sáude também porque o corpo não é de ferro. Pronto:"Vendi meu corpo e um pouco mais.." !
E agora me digam: quem é mais PROSTITUTO??
*O rapaz e a moça que passou 1/2 horas em um motel?? OU *O índividuo que perde a vida dedicada ao serviço??
Na minha concepção, maior prostituição é a que vende a vida. E por este aspecto todos nós costumamos nos vender por aí. No cotidiano deixamos de lado as vontades mais banais pra atender as obrigações... horas de sono interrompidas pelo despertador, abraços que não foram dados por falta de tempo, conversas que não serão ditas, e lugares que não foram conhecidos.
Uma infinidade de momentos vendidos ao serviço, aos estudos, as obrigações!
Vamos deixar de julgar as minorias; porque o capitalismo compra muito mais do que as meninas que estão na esquina rodando a bolsinha.

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